sábado, 4 de junho de 2011

Quando iniciei o curso de História da Arte, confesso que meu espírito se assemelhava a um estudante de Letras sedento pela gramática: imaginava estudar os detalhes de cada pintura, de cada quadro. Os quadros estavam lá, mas nas paredes também havia música, teatro, cinema, escultura e arquitetura. Indiretamente, conheci a obra do músico alemão Karlheinz Stockhausen (1928-2007), que entre outras personalidades, como Aldous Huxley, Bob Dylan, Jung, Edgar Alan Poe, Fred Astaire, Marx e Marilyn Monroe, aparece na capa do álbum dos Beatles, de 1697.Esse músico clássico influenciou toda a música eletrônica do século XX, além de contribuir musicalmente para o rock'n roll, a ponto de ser chamado para participar da capa e disco dos Beatles. Sua grande inovação foi compor várias orquestras, simultâneas e independentes, cujos cojuntos de som retirava o público de seu eixo, aproximando-se muito da alma do rock, influenciando monstros da música, como Pink Floyd, e revolucionando as questões de ritmo e harmonia.

Enfim, Stockhausen rompeu os limites da música erudita, buscou inspiração em temas ocidentais, organizou concertos em que não havia notas fixas, regendo os músicos em um aparente improviso, passou meses se apresentando em dias sucessivos, sem repetir a sequência do dia anterior. O músico alemão polemizou, e com a sua irreverência artística e criativa, de só quem domina muito bem o que está fazendo, alcançou públicos diversos, alcançou-me, e eu, ainda muito distante da música clássica, pude aproveitar durante horas o resultado dessa incrível experiência musical. Viva a não certeza de todas as coisas, quando as dúvidas são bem realizadas!

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