sábado, 23 de janeiro de 2010

Política brasileira: uma piada de muito mau gosto!

Não queria começar o ano sendo chato, mas em época de eleição como não sê-lo? Somente me omitindo, não quero fazê-lo. Há muito desacreditei na política, melhor, nos nossos políticos. Queria que esse senso comum que agora escrevo realmente representasse uma mudança de atitude, de mundo, para o nosso próprio bem. Não sou fã do Milton Neves, mas ele disse uma grande verdade: “Precisou morrer para a conhecermos”, referia-se a Zilda Arns. E o Bambam, do Big Brother, quem não conhece? Aí me socorro de Drummond, mas antes, as enchentes... estão morrendo PESSOAS, e parece que é maldade da natureza, e não fruto de uma política mesquinha, corrupta e ordinária que existe nesse país. Ah, mas o povo tem sua parcela de culpa, joga lixo nas ruas... esse mesmo povo que paga IPTU, IPVA, IR, Ietc... e que já não aguenta mais. Cadê a educação para esse povo, cadê as campanhas educativas..?!! existem? Ah, não há verbas, mas dinheiro para propaganda política, tem de monte. Não aguento mais ver comerciais de plano de expansão. Quem se serve do transporte público, sabe que isso é balela, piada de mal gosto. Onde vemos aquelas pessoas felizes no metrô, nos ônibus, nos trens da CPTM?? Nem um terço dos piscinões prometidos, e necessários, foram construídos pelo governo. Nesse ritmo, decorreriam dez anos, sem mais lixo jogado no Tietê, para solucionar o problema. O fundo do rio está cheio de lixo, que impede a absorção das águas da chuva sem que ele transborde. As verbas para os projetos contra enchentes foram reduzidas para 2010, mas para as propagandas políticas, não foi perdido nem um centavo. Ah! Voltemos ao Drummond, muito menos famoso do que a Jose, a Surfistinha, a Popozuda, o Bambam, Geisa... “Reconheço alguns defeitos que aponta no meu espírito. Não sou suficientemente brasileiro. Mas, às vezes, me pergunto se vale a pena sê-lo (...) Acho o Brasil infecto. Perdoe o desabafo, que a você, inteligência clara, não causará escândalo. O Brasil não tem atmosfera mental; não tem literatura, não tem arte; tem apenas uns políticos muito vagabundos e razoavelmente imbecis ou velhacos. Entretanto, como não sou melhor nem pior que meus semelhantes, eu me interesso pelo Brasil” (Correspondências completas entre Carlos Drummond de Andrade e Mário de Andrade, pp. 56 e 57). Imagine se ele tivesse visto o dinheiro nas meias, nas cuecas, Surfistinha virando filme, o descaso geral. E recentemente o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Antonio Carlos Rodrigues (PR), defendendo o aumento de salário do Prefeito (para R$ 23.000,00) e seus auxiliares (para perto disso), perguntou: “Quem consegue viver com um salário de R$ 5.000,00, se eu ganhasse isso, não teria nem formado meus filhos”. Será que formou ou comprou a formação? Esse tipo de político desconhece o valor dessa palavra. Essas pessoas fazem o país infecto. Quem ler esse desabafo, pense bem. Não vamos deixar essas pessoas fazerem o que querem, tomemos uma atitude! Nada de Serra, de Kassab, de raio que o parta. A minoria está interessada nos problemas do país e do povo, cabe a nós identificá-la e divulgá-la. Chega de Big Brother, de Fazenda, de Solitários. Até quando vamos ficar vivendo na marginalidade do mundo? Essas cenas ficam registradas em nossa memória e criam um impacto altamente destrutivo no nosso cérebro. Vamos nos prover de atitudes saudáveis, de poesia, de cidadania. Não há como apagar registros do passado, mas devemos reeditá-los. Nisso Hollywood acertou. O filme Avatar é um chute, muito bem dado, no nosso saco.

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