Raul Santos Seixas era uma enciclopédia do Rock'n Roll, do melhor Rock'n Roll, Chuck Berry, Little Richard, Bill Halley, Jerry Lee Lewis... , Elvis Presley. Raul, como haverá um outro igual sem ser imitação de Raul? Impossível! Raul personagem de si mesmo, que nunca foi personagem, nunca foi mascarado, e como foi difícil ser Raul, com cavanhaque, óculos escuros, jaqueta de couro: "bota o seu blusão de couro, agora é que eu quero ver..." Sua espada, Raul, foi a guitarra na mão... e você foi o maior dos Samurais, cantando Loteria da Babilônia, Teddy boy, rock e brilhantina, Caroço de Manga. Você beirou a ser um ídolo, e só não foi porque essa palavra é apenas produto de uma intensa cegueira, mas quem te conhece, usa óculos escuros... Aos que te ignoram por uma voz pouco afinada ou te relegam ao álcool e às drogas, lembre-se que esses mesmos julgaram Dostoiévski por uma linguagem mal cuidada e por um nacionalismo exacerbado. Para mim, com a liberdade de ser fã, duas grandes mentes do mundo ocidental, não há uma frase que não me lembre Dostoiévski, não há uma canção de Raul que não me remeta a um segundo de minha vida.
Pensei quais seriam as cinco músicas de Raul de que mais gosto... seria mais fácil dizer a que mais odeio: Eu sou eu nicuri é o diabo, pois são poucas. Fazendo esse exercício, selecionei Eu sou egoísta, com uma belíssima interpretação da Pitty, que para ser perfeita só poderia ter esquecido o famigerado "Toca Raul", As minas do rei Salomão, Baby, Meu amigo Pedro e Loteria de Babilônia. Um bônus: Coisas do coração...
Perguntou-me se eu gostava de Raul... Após ter lido seu texto, digo que não.
ResponderExcluirParabéns! Foi o melhor texto sobre nosso Raul que eu já li.